Foto de Mário Escobar
No fundo tem o silêncio.
A calmaria das águas ajuda a não pensar.
Ficar longe.
Muito arêrê.
Muita gritaria.
Muitas brigas e nenhuma por ele.
Ilá!!
Dentro o banzé ficou longe..
O fundo do rio está perto do silêncio.
Caça melhor que muitos.
Porém quem conquista o melhor ekó? Oxóssi!
É dá água mais que todos.
Mas os ejás saúdam somente Oxun.
Nunca erra um alvo. Mas vacila perto do seu pai.
Entende dos rios e dos bichos d’águas, mas é um nada perto de sua mãe.
Conhece sobre os caminhos, porém bem menos que ele
Adivinha todas as trilhas da alma, mas ela é mais precisa.
Chega primeiro e seu pai sempre já lá esteve.
É belo, ativo, porém sua mãe é a odara.
Nem para ele olham.
Pai?
Mãe?
O fundo a paz inunda.
Do fundo veio a pureza. Limpa e fluida.
Tempo sumido.
Sentem sua falta.
Mãe se desespera. Oxossi berra um grito que até chega em Efegô.
Pai implora. Oxun está desesperada com nunca antes esteve.
Filho?!
Filho!?
Clamam pelo maior.
Olurum atende pois tinha outras obrigações para o menino
Ergue Logunedé.
Que agora pode ser fazer pequeno.
Grande
Menina.
Menino.
Gente.
Filho.
Pai caçador e mãe d’água agradecem.
Oxun e Oxóssi comemoram
Ri de ser querido.
Veio a alegria quando Olurum sussurrou em seu ouvido que é a melhor parte dos dois.
Adorei.
Lindo amigo!
Lapidado com perfeição, na forma e na emoção.
Plínio, você é um excelente escritor!
Queridão!! Muito obrigado pelo comentário … agradeço muito !!!